Com o objectivo de regressar ao lugar que pertence, nos grupos da Liga dos Campeões, esta noite o Olympiacos disputa o primeiro jogo frente à checa Victoria Pilsen. Isso é o que eles dizem. Que o Olympiacos tem historicamente todo o direito de exigir a qualificação para o principal torneio de futebol da Europa.
Infelizmente para o Olympiakos e para o futebol grego as coisas não são assim. Nenhuma equipa grega pode ser descrita como “europeia”. O que significa realmente um grupo “europeu”? Não, claro, porque simplesmente participa de copas europeias, como dezenas de outras seleções dos 55 países do continente.
Uma equipa europeia é aquela que se distingue sistematicamente na Liga dos Campeões. Mesmo na Liga Europa. E distinção significa pelo menos a qualificação para o “8” da competição.
Desde 1955, o Olympiacos nunca, nem sequer uma vez, chegou aos quartos-de-final. Mesmo na época em que participou de forma constante durante cerca de duas décadas seguidas na Liga dos Campeões, não pelo valor e na comparação com outras equipas, mas porque conquistou o campeonato grego.
O Panathinaikos também não é considerado uma equipa europeia, que outrora, em tempos há muito esquecidos, chegou à final da então Taça dos Campeões Europeus.
O Olympiacos é a equipa com mais títulos na Grécia, mas fora das fronteiras continua a ser... uma equipa grega. Porque ainda não atingiu uma dimensão verdadeiramente europeia.
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